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Mulheres na música - feminismo musicológico pra que?

Atualizado: 29 de dez. de 2020

Embora a área tenha tido início na década de 1970, o tema ainda é novo


As discrepâncias no meio musical em relação à mulher são enormes - não existe um só espaço em que elas têm equidade. Seja como instrumentistas, cantoras, regentes, professoras de música, compositoras, assim como nas muitas outras áreas, os braços da desigualdade são presentes – e a ausência de vontade de trazer mudanças para essa história ainda é marcante. Demorei muito para perceber que nunca toquei ou regi sequer uma obra de mulher - e, por mais loucura que hoje me possa parecer, nunca havia sentido falta! Era como se, composições fossem uma tarefa óbvia de homens.



"Policamente, diferença é sobre poder.

Ruth A. Solie".

Estamos em 2021 - e, ainda neste ano temos a mulher na música como novidade. Ainda somos apresentadas como excepcional dentro do meio. A necessidade do mercado e da mídia em apresentar eventos e matérias como - a “primeira maestra”, “concertos só obras escritas por mulheres”, “orquestras só de mulheres”, "competição só para mulheres regentes” - só comprova que o problema ainda é grande. O The Groove Dictionary of Women Composers, lançado em 1994, ainda não incorporou no dicionário geral onde “compositores” são vistos.


Meu trabalho na área


Nos meus estudos e pesquisas do doutoramento, vou me dando cada dia mais conta sobre o significado de ter nascido junto ao início da disciplina feminismo musicológico na década de 1970, influenciado pelo início do movimento feminista chamado a “segunda onda”.

Revisito a minha biografia e percebo que a minha história, é parte dessa história. As minhas conquistas, não foram só minhas – elas eram um reflexo das portas que estavam se abrindo. Os problemas que evidenciava, não eram só meus. A minha formação como maestra e pianista trouxe revelações significativas. Hoje vejo o que não via. E devo, entre tantos, aos estudos musicológicos feministas.


Pesquiso sobre mulheres regentes e compositoras de ópera - Há anos trabalho montando um banco de dados de óperas escritas por mulheres, e, estarei disponibilizando em breve no meu site.


Meus artigos na temática estão sendo disponibilizados pouco a pouco em várias redes, assim como no meu site.


A minha tese de doutoramento, pela Faculdade Nova de Lisboa, tem como centro o trabalho da magnífica compositora Jocy de Oliveira.


Onde a disciplina atua? Contribuições


1. Pesquisa sobre a atuação das mulheres na música

2. Reescrita do cânone musical, incluindo o papel fundamental que mulheres tiveram na música em todos tempos da história da humanidade

3. Compositoras - pesquisa e publicação de obras escritas por mulheres

4. Denuncia e traz para o diálogo a discriminação ainda muito presente no ambiente de trabalho musical - em todos os setores.

5. Oferece oportunidades de intercâmbio e de trabalho em grupo sobre a temática

6. Abre espaço para as discussões de gênero na música, os estudos musicológicos Queer


Minha campanha


Ministro palestras sobre o tema, nao somente em português, mas também em inglês, alemão e espanhol.

Estudo obras de compositoras, e ficarei feliz em poder tocar ou reger uma obra


Venha fazer parte dessa história - aos que desejam saber mais sobre o tema, entrem em contato comigo! Será um prazer fazer mais pessoas se envolverem no trabalho das mulheres na música.


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