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Mulheres regentes

Recensão do primeiro livro alemão escrito sobre as Maestras


Dirigentinnen im 20. Jahrhundert: Porträts von Marin Alsop bis Simone Young, publicado em 2003, foi um dos livros que marcaram a história da musicologia feminista na Alemanha. Para escrevê-lo, a regente Elke Mascha Blankenburg se debruçou sobre o trabalho e a vida de outras profissionais do seu ramo, coletou depoimentos e biografias e traçou paralelos com a própria história. O livro foi idealizado e organizado no intuito de funcionar como referência biográfica e abrir espaço de trabalho e pesquisa sobre a musicologia feminista, especificamente, no que tange às mulheres na regência. Passados quase vinte anos da sua publicação, temas trazidos à tona por ela, como a discriminação e a desigualdade profissional ainda permanecem atuais e controversos.


"A decisão de fazer, em língua portuguesa, a recensão de um livro escrito em alemão, tem o propósito de apresentar a contribuição de Blankenburg ao feminismo musicológico na maestria orquestral."

Profissão maestra

A orquestra representa a organização musical que oferece mais prestígio na cultura ocidental e, subir ao pódio “comandando” um exército de músicos, na visão patriarcal, não cabe a uma mulher. Estar à frente de orquestras era impensável até o início do século 20 – para isso, foi necessário derrubar o “Mito Maestro” – o líder forte e soberano, cuja imagem de poder só poderia ser representada por homens. Para assumir essa posição, exigiu-se muita determinação e perseverança para as mulheres. Karin Pendle descreve em Women in Music passagens dessa luta. No século 19, a arte da regência emergiu. Maestros eram designados para a tarefa de interpretar obras musicais além dos compositores, como era usual. Segundo Pendle, mulheres não eram admitidas sequer às classes de regências como aprendizes ouvintes[1].

[1] Karin Pendle, Women & Music : A History (Bloomington: Indiana University Press, 1991).171


"Em seu livro, Elke Blankerburg relata que, em 2002, Kurt Masur lhe havia comentado a respeito da crescente presença de mulheres, a cada masterclass que oferecia. Com que orgulho posso dizer que uma delas era eu. "


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